segunda-feira, 23 de novembro de 2009

IMPONDERÁVEL

(A Marta Madureira)


Começou! Não, nem sei se começou
Foi um vislumbre, apenas um olhar,
Um prenúncio de sol, tênue luar,
U'a pluma que a brisa esvoaçou.

Um sonho belo que não se sonhou
Um lírio inexistente num altar
Uma canção que não se ouviu cantar,
Um instante sublime que passou.

Foi música que ouvi quase em surdina
Miragem? Sim! Mas guardo na retina
Como um esbater de asas de cetim.

Volátil aroma de etérea flor
Foi amor... mas que estranho amor,
"Sem nunca ter princípio, teve fim".

Um comentário: