(A Waldir Soares Rocha)
Chegaste!oh! entra, eu te procurei tanto...
Sem bússola, sem norte, ao léu, sem endereço
Oh! Que incessante busca, quanto tropeço!
Quantas vezes sorri para esconder o pranto.
Para despir do tédio o nebuloso manto
Sonhei marmóreas ilusões que eram de gesso.
Paguei por minha tristeza um elevado preço
Nas noites que embalei em mavioso canto
Jogral apaixonado, tendo a lira ao peito,
Eu te busquei, amor. Cantando, eu ia e vinha
Jogando o coração a esmo, insatisfeito.
Sei agora o porque daquela mágoa infinda
Que me apertava o peito, é que n'alma eu já tinha
Saudades de você, sem conhecer-te ainda.
Oh que incessante busca, quanto tropeço!
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