segunda-feira, 23 de novembro de 2009

OTIMISMO II

Senhor, foge-me a luz, estou cegando,
Não colho mais as flores do caminho,
Mas esqueci se encontrei espinhos,
Pelas estradas que trilhei cantando.

Não sei quando há luar, nem mesmo quando
Estão no céu em festa os passarinhos,
Não sei quando há no azul flocos de arminhos,
Mas ouço os coqueiros farfalhando.

Não mais do lusco-fusco as nuanças,
Nem d'alva o rosicler, já não espero
Para encetar a esmo minhas andanças.

De peregrino sem farnel, desnudo
Mas não me queixo...oh! Pois quando quero
Fecho os olhos e revejo tudo!

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